Monte do Carmo

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Monte do Carmo é uma cidade brasileira no Estado de Tocantins, a 89 km da capital do estado, Palmas. O município, com uma população estimada em 6 000 habitantes, esta localizado na região central do Estado, a uma altitude média de 295 m. Tem uma área total de 3.359,7 km² e uma densidade demográfica de 1.62 h/km². Monte do Carmo é um dos caminhos para o Jalapão e dispõe de rodovia asfaltada.

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História

A história de Monte do Carmo começa a partir do descobrimento das minas de ouro, na primeira metade do século XVIII. Prossegue em 1741 com a fundação do Arraial de Nossa Senhora do Carmo. Foi fundado pelo Bandeirante Manoel de Souza Ferreira, na confluência dos ribeirões: Matança hoje é córrego Água Suja (devido à lavagem do ouro), até o córrego Sucuri que abastece a cidade. Em 1836 deram-lhe o nome de arraial de Nossa Senhora do Carmo, 1911 foi denominado Carmo, em 1943 resolveram mudar para Tairusú (palavra indígena), mas, não durou muito, passou a se chamar Monte do Carmo em 1953.

O ouro que abundava em profusão nas minas do Carmo, atraia os aventureiros lusitanos e mamelucos, que enfrentavam as tribos bravias que habitavam os sertões desconhecidos.

Em 1780 a Coroa Portuguesa entusiasmada com os lucros que daqui lhe chegavam, tratou logo de mandar um representante direto, e a estratégia era a igreja. Dona Maria nomeou, o Padre José Faustino da Gama (Padre Gama) a serviços religiosos e o controle fiscalizatório. O mesmo administrou com muito sucesso, contando com aproximadamente 1.000 (mil) escravos: na lavoura e nas minas.

Os Índios Xerentes nativos das margens do Alto Tocantins, não se conformavam com a invasão de seus territórios, atacavam constantemente o arraial do Carmo e Pombal, massacrando quase toda a população.

Tem como atrativo principal o Turismo Religioso que conta com um calendário extenso. A Igreja de Nossa Senhora do Carmo é uma construção de 1801 que está arraigada à própria história da cidade e tem ao seu arredor casas antigas enriquecendo ainda mais a história. A Igreja de São Gonçalo que ficava no pé da serra do Carmo, era a igreja dos negros escravos, que ainda resiste ao longo do tempo testemunhando por suas ruínas. As datas de maior relevância são: Festa do Divino Espírito Santo (Foliões e Imperador); Nossa Senhora do Carmo (Padroeira da Cidade); Nossa Senhora do Rosário (Rei e Rainha) e São Sebastião (Vaqueiros). Essas festas são tidas como uma das mais tradicionais do Estado.

Já no Turismo Ecológico e Lazer destaca-se: O Morro das Figuras um de seus principais pontos turísticos. A ação do vento e da chuva formou colunas de rocha que se assemelham a figuras humanas. A cachoeira do Fueiro, com duas quedas d’água de 10 metros de altura também enche os olhos dos visitantes. A gruta histórica Morro do Salão, com escritos pré-históricos e que abrigou os moradores que fugiram dos revoltosos da Coluna Prestes. Para fechar temos a Usina Hidrelétrica Isamu Ikeda no Rio Balsas na divisa dos municípios de Monte do Carmo e Ponte Alta do Tocantins e, a Mata Fria que conta com duas onças artificiais jorrando água natural e fria pela boca, propício para matar a sede e banho, no local existe também a imagem de Nossa Senhora do Carmo que protege os viajantes que passa por ali. A cidade conta ainda com artesanato, manifestações artísticas e comidas típicas.


Dados Gerais

A emancipação política de Monte do Carmo aconteceu pela Lei Estadual nº 4.708, de 23 de outubro do ano de 1963 do Estado de Goiás. Seu idealizador foi o então Vereador de Porto Nacional Durval Silva. O Município foi solenemente instalado no dia 1º de janeiro de 1964 e teve como primeiro chefe do executivo a Prefeita Raimunda Aires da Silva (Dona Dica).


Economia

A economia de Monte do Carmo gira entorno da pecuária de corte e a agricultura, hoje, o principal motor econômico fica por conta da pecuária de corte que conta com rebanho bovino estimado em 79.000 (setenta e nove mil) cabeças de animais. A Agricultura não fica atrás, com a expansão do mercado de soja no País e no Estado, os agricultores da região estão trabalhando cada vez mais a terra que é benéfica para o plantio e estão obtendo bons resultados não só no plantio da soja como também, no plantio de arroz, milho e outros itens da agricultura. Outro fator econômico de grande importância é as verbas da Prefeitura Municipal, do Governo do Estado e do Governo Federal que juntos mantém a folha de pagamento rigorosamente paga, para que assim, os funcionários mantenham o comércio em movimento. Ainda ha espaço para citarmos a economia proporcionada pelos vários eventos culturais que são realizados na cidade, atraindo milhares de turistas que nesse período aumenta o volume de vendas no comércio local, o artesanato também tem o seu espaço, há alguns anos grupos de pessoas vem desenvolvendo essa atividade. O ouro que foi o carro chefe para a criação do município teve uma outra fase de grande importância na economia do inicio até o final dos anos 80, quando garimpeiros começaram a mexer a terra e assim o encontraram novamente. Hoje alguns garimpeiros ainda exercem esse tipo de atividade, mas com uma escala menor.

Utilidade Pública

Prefeitura Municipal: Rua Alexandrino Pinto Cerqueira Fones: 63 540 1120 –540 1297 Hospital de Monte do Carmo Fone 63 540 1110 – 540 1283 Guia Turístico Dalvani Batista Neres (Panca) e Marilda Amaral 540 1197 – 540 1120

Administração

A Prefeitura Municipal de Monte do Carmo recebe o nome de Palácio do Ouro, denominada pelo início da história do próprio município, que surgiu com a chegada dos bandeirantes na procura por minérios, no século XVII.

Prefeitura Municipal: rua Benício Pinto Cerqueira s/n. Fones: 63 540 1120 – 540 1297 Prefeito: Condocert Cavalvante Filho Primeira Dama: Rita de Cássia Marques Costa


Câmara Municipal Bandeirante Manoel de Souza Ferreira situada na rua Benício Pinto Cerqueira, s/n, Fone: 63 540 1161

Transporte

A forma mais fácil de chegar até Monte do Carmo é através de veículos, a nossa rodovia de acesso aos principais centros Porto Nacional (39km) e Palmas (89km) encontra-se totalmente asfaltada. Não aconselhamos via área, pelo motivo do aeroporto existente não disponibilizar de infra-estrutura e segurança adequada.

Na cidade existe um terminal rodoviário, que disponibiliza de lanchonete, lojas de e artesanato, Guichês e sanitários.

O Município é atendido por uma empresa de ônibus que presta serviços para população com deslocamentos ida e volta para Porto Nacional de duas em duas horas, esse serviço é prestado com ônibus equipado de som e ar condicionado. Na cidade não existe serviço de táxi oficial, mas, algumas pessoas trabalham com fretamento de veículos, camionetes, caminhão e motocicletas.


Cultura

A Festa do Carmo como é conhecida em Monte do Carmo, nos Estados do Tocantins, Goiás e outros é um conjunto de festejos numa só temporada: Divino Espírito Santo, Nossa senhora do Carmo, e Nossa Senhora do Rosário. É uma festa secular, que se realizada anualmente, num misto de fé, devoção, folclore, e tradição no Município de Monte do Carmo-TO.

Seu calendário é fixo. Domingo de páscoa é o ponto de partida, com as saídas das folias de baixo e de cima do Divino Espírito Santo. Os foliões misticamente com seus cantos, ritos e gestos, levam como símbolo do Divino a Bandeira e levam também os seus instrumentos: a caixa, os pandeiros e as violas, eles tecem o sertão e algumas cidades vizinhas em procissão montadas a cavalo, durante 30 dias levando a mensagem da Ressurreição de Cristo, o pedido de esmolas e o convite para a Festa aos fazendeiros, agricultores e moradores da região. As folias a cada dia pousa em fazendas diferentes onde as famílias se reúnem em manifesto de alegria festiva pela presença da Divindade. O proprietário da casa além de disponibilizar espaço para os foliões se repousarem oferece também: comidas, bebidas e festa depois de ouvirem os foliões cantarem Licença, bendito, Roda e Súscia.

Tudo isso acontece durante o giro até o dia do sagrado encontro das folias, que termina na Igreja Nossa Senhora do Carmo na presença de centenas de devotos da Divindade e é celebrada com cantos e festas e, prestações de contas das esmolas arrecadadas ao Imperador.

Após a chegada das folias o Imperador se mobiliza com a comunidade e arrecada ingredientes para serem usados na preparação das refeições, bolos, licores e outros. 7 de julho se dá inicio as novenas de Nossa Senhora do Carmo Padroeira da Cidade, com jaculatória, (oração curta e fervorosa na devoção de novenas) Ladainha de Nossa Senhora, celebração e leilões, já motivando a comunidade até o dia 15 de julho, com a levanta dos mastros indicando a oitava da páscoa.

8 de julho chegada do Imperador e Imperatriz, Rei e Rainha, na cidade, acompanhado de seus familiares trazendo todos os mantimentos da festa em carros de bois, cavalos e tropas de burros. A chegada do Imperador na cidade é acompanhada pela comunidade em geral ao som de muitos foguetes e, é também motivo para a realização de uma grande festa. Apartir daí é dado inicio aos preparativos da festa que acontecerá nos dias 16, 17 e 18 de julho. A permanência do Imperador e Imperatriz, Rei e Rainha na cidade se dá em residências diferentes e nesse período as partes proporcionam visitas regadas de café com bolo, licor, súscia e dança do tambor.

16 de julho, (manhã) dia da Padroeira de Monte do Carmo Nossa senhora do Carmo, nesse dia é realizado carreata levando a Imagem de Nossa Senhora do Carmo a mesma se inicia na Prefeitura Municipal e finda na Igreja onde é celebrada missa da Padroeira, posse do Rei e Rainha-Mirin e o ultimo leilão da festa. Em seguida a saída do “Par de Salva”, (a coroa de Nossa Senhora do Carmo na bandeja, colhendo esmolas de casa em casa) e a folia das mulheres com a grande bandeira da misericórdia nas centenárias ruas da cidade, finalizando o giro na casa do Imperador por volta das 16 horas. No período da noite, acontece a posse do Imperador na porta da Igreja com missa solene de coroação, após o reinado segue para a casa da festa acompanhado pelas bandeiras da folias e por bandas de músicos, com a chegada na casa da festa o Imperador serve café com bolo, licor, dança de súscia ou tambor, seguido de baile.

17 de julho, (manhã) Imperador e familiares segue com reinado da Casa da Festa para Igreja onde participa da missa do Divino Espírito Santo, após a celebração o Imperador faz seus agradecimentos, a comunidade dá alguns testemunhos e é realizado o sorteio da nova Irmandade do Divino. O reinado segue para a Casa da Festa que espera a comunidade e romeiros para servir café com bolo, licores da região, valsa do Imperador e o almoço da nobreza. (A festa do Divino veio de Portugal trazida por Dona Maria I para Goiás pela sua devoção ao Divino Espírito Santo). Às 15 horas inicia a festa do Rei e Rainha em louvor a Nossa Senhora do Rosário, a caçada é o ponto alto da festa, à noite é realizado a posse do Rei e Rainha com celebração de missa, logo após os festeiros segue com reinado para a casa da festa onde é servido café com bolo, licores, dança do tambor e baile.

18 de julho, Rei e Rainha partem da casa da festa em direção à Igreja para participarem da missa de Nossa Senhora do Rosário, no final da missa é feito o sorteio dos festeiros do próximo ano, em seguida o reinado segue conduzido por Congos, Taieiras e Tambor até a casa da festa, e termina com almoço da realeza. A Festa de Nossa Senhora do Rosário veio da África trazidas pelos escravos em devoção a sua padroeira e protetora.

Dentro dessas comemorações contamos com apresentações de várias modalidades em grupos voluntários como: foliões, congos, caretas, taieiras, tambozeiros sintetizando fibra por fibra a sustentar a nossa ciência popular.

O folclore tem estilo imperial, em homenagem a D. Pedro I e a Princesa Izabel, que há séculos vem ilustrando em diversificada características a mesma programação, mobilizando as novas gerações para o objetivo de resgate do retrato de um povo, que mesmo com a origem já desfigurada e descaracterizada pelo tempo moderno. Temos com testemunha ocular, na resistência que permanece no longo do tempo, a Serra do Carmo mutilada, e ostensiva, ainda erguido um altar humano de uma nobreza que aqui desfilara pelos séculos XVIII e XIX, que também recebemos como legado cultural, na inspiração de cada coroação que sabe amar e contemplar seu glorioso histórico.

É dever dos carmelitanos em ato de gratidão perpetuar essa tradição na ciência popular, com fidelidade e amor pelas grandes lutas dos nossos antepassados, que tanto souberam construir a nossa cultura.

A Festa do Carmo desde o seu inicio era realizada com o apoio gigantesco das famílias carmelitanas e dos filhos dessa cidade que moram em outras localidades, que se uniam num só espírito de fé e colaboração comunitária. Nessa época a festa era muito comentada no Estado de Goiás, mas, a escassez de rodovias era grande e muitas pessoas deixavam de participar da festa. Com a criação do Estado do Tocantins em 5 de outubro de 1988 a região que até então era chamada de Norte de Goiás passou a ter uma atenção maior. Com esforços do Governador Siqueira Campos, a Festa do Carmo recebeu maior incentivo através da Fundação Cultural do Estado que passou a divulgar todos os eventos culturais da cidade em jornais, revistas e tv. Outra ajuda importante do Governo para o crescimento e permanência dessa festa foi à pavimentação da rodovia que liga Monte do Carmo a Porto Nacional que proporcionou maior comodidade nas viagens da população e dos visitantes. Hoje a festa continua, mas, com uma participação maior de pessoas do Estado e de outras regiões do país. Para realizar a Festa do Carmo o custo fica muito alto, a comunidade continua colaborando com ingredientes e mão-de-obra gratuita, para tanto, os festeiros de cada festa sente-se necessidade de uma ajuda maior e é o que vem acontecendo o Governo do Estado através da Fundação Cultural e a Prefeitura de Monte do Carmo estão juntos todos os anos patrocinando parte dos materiais que é gasto na festa.

A folia do divino desde o ano de 2001 destinou no seu roteiro um dia para girar na Capital do Estado Palmas, foi uma iniciativa dos foliões e do Prefeito de Monte do Carmo Dr. Condim. Essa iniciativa tem vários objetivos entre eles é a divulgação da Festa, pois em Palmas a folia visita a Prefeitura, o Palácio Araguaia, Assembléia Legislativa entre outros órgãos, a imprensa escrita e falada acompanha a Divindade e publicada em todo Estado e para diversas regiões do Pais pelo Jornal do Tocantins. Outro objetivo é a arrecadação de esmolas.

Para a festa de 2004 o Prefeito de Monte do Carmo, Condocert Cavalcante Filho (Dr. Condim), conseguiu com o Governador do Estado do Tocantins Marcelo Miranda através da Fundação Cultural do Estado do Tocantins em nome da Presidente Meire Maria, o patrocínio da filmagem de toda Festa do Carmo que teve inicio com a saída das folias Domingo de Páscoa. A filmagem será da seguinte forma: Saída, giro, pousos e chegadas das folias; inicio das novenas e leilões de Nossa Senhora do Carmo; chegada dos festeiros na cidade; visita do Imperador na casa do Rei e Rainha e vise versa; preparação e confecção de bolos, licores e refeições nas casas dos festeiros; festa do Imperador: folia das mulheres, missa, reinado, café com bolo, súscia e tambor; festa do Rei e Rainha: caçada, missa, reinado, congos, taieiras, café com bolo, súscia e tambor. A filmagem esta sendo gravadas com as novas tecnologias do mercado e poderá ser assistida daqui a 100 anos, os serviços de filmagem findam na despedida dos festeiros com a comunidade e romeiros.

Segundo o Prefeito Dr. Condim, o principal objetivo da filmagem da festa é para que, daqui a 100 anos por exemplo, o município de Monte do Carmo e a Festa do Carmo, possa ser vista e assistidas pelos nossos filhos e netos.

Esses e outros incentivos dos Governos é que esta proporcionando a continuidade dessa secular Festa do Carmo, que é abençoada por Nossa Senhora do Carmo, padroeira da cidade.


Personalidades

RICK E RENNER, o RICK da dupla Rick e Renner foi o nosso maior triunfo na cultura, que conseguiu se destacar nacionalmente, ele que é filho de Monte do Carmo, embora, tenha saído ainda adolescente. Os Parabéns é de toda a população carmelitana para o Rick em especial e também para o Renner, pelo grande sucesso na musica sertaneja.


Folclore

No Folclore temos espaço para algumas personagens da Festa do Carmo: O Imperador, Rei e Rainha, Foliões, caretas, Taieiras, Congos, e os Tambozeiros. Imperador e Imperatriz Foliões do Divino Espírito Santo Turma do Tambor animam o Reinado do Rei e Rainha


Curiosidades

Imperador – No espírito religioso, é o soberano que preside a fé na devoção ao Divino Espírito Santo, junto a Irmandade. Durante (1) ano, é escolhido tradicionalmente no sorteio. No Folclore, é o adjunto social para homenagear D. Pedro I, como Imperador do Brasil.

Imperatriz – É a esposa do Sr. Imperador que marca presença nos reinados e festas. Representa a alteza Dona Leopoldina, esposa de D. Pedro I. No espírito religioso, é do sacramento matrimonial.

Capitão do Mastro – Também é escolhido através de sorteio. É um cortejo noturno conduzido por foliões do Divino, carregando um mastro muito alto, ligando o céu e a terra, o homem da festa a Deus. Capitão é também o Posto de comando, que indica a oitava da páscoa, (Ressurreição de Cristo). É o chefe da festa popular.

Rei e Rainha – Caracteriza –se a família real. No espírito religioso, caracteriza a fé na devoção a Nossa Senhora do Rosário, junto a Divindade. Durante (1) ano, são escolhidos tradicionalmente no sorteio.

Alferes – Antigo posto militar, figurante do sorteio. É o Porta-bandeira do Divino que conduz os cortejos do Imperador e a Folia das Mulheres com suas famosas reverências.

Foliões – Representam os apóstolos de cristo, em caráter rogatório eles cantam a licença na chegada, o bendito depois das refeições, o canto da família, a despedida, no que agradecem e pedem proteção divina para aquela família. Recebem as esmolas, (contribuições para o imperador). Também artisticamente cantam rodas, catiras e súscia de suas autorias, em estilo tradicional da região de Monte do Carmo.

Folionas – São as mulheres que giram na folia do dia 16 de julho visitando os lares na zona urbana de Monte do Carmo, cantando, levando a benção do Divino e arrecadando esmolas.

Caixeiro – Faz parte dos foliões da folia do Divino tocando a caixa confeccionada de couro e madeira.

Violeiro – Também é folião, ele canta e toca viola.

Arrieiros – São homens que ficam responsáveis pelas tropas, mantimentos, materiais e esmolas. São os assistentes dos foliões.

Esmolas – É o agradecimento dos devotos do divino para o Imperador Realizar a Festa. As esmolas são: Dinheiro, Bezerro, Vaca, Boi, Arroz, Feijão, Porco, Frangos e outros.

Sanfoneiro – O Sanfoneiro é encarregado de dar um som especial na folia das mulheres que não tem a companhia da caixa, da viola e dos pandeiros.

Bandeira – Retrata uma pomba branca, fixada no fundo vermelho, presa ao cabo de manuseio para as devidas reverências, enfeitadas com fitas coloridas para lembrar o arco-íris da aliança.

Mastro – É o ponto indicado do começo da festa. Haste em madeira comprido onde iça a bandeira do festejo.

Folia – É a procissão de homens e cavalos girando 30 dias no sertão, para levar a mensagem da ressurreição, e arrecadar donativos para o Imperador, e fazer os primeiros manifestos festivos da Festa do Carmo e simboliza a Ressurreição de Cristo.

O Quadro Real – É a “Tática Defensiva do Imperador” dentro dos quatro varões que formam o quadrado nos reinados diurnos e noturnos. Exclusivo aos festeiros e convidados.

Sorteio do Divino Espírito Santo – É um grupo de homens voluntários formando a irmandade do Divino. A chapa é composta de mordomos na moeda atual: Imperador, Procurador, Alferes da Bandeira da Misericórdia, Capitão do Mastro. O sorteio é realizado anualmente, após a missa do Divino no calendário fixo de 17 de julho pela manhã.

Procurador – É o organizador da composição da chapa da Irmandade do Divino para o sorteio.

Chegada dos Festeiros na Cidade – Dia 8 de julho é a chegada dos festeiros. É uma tradição que tem o rastro dos antigos festeiros quando o meio de transporte era a pés, a carros de bois, cavalos e tropa de burros, que assim vinham das fazendas como se fosse a própria corte na época com seus baús e malas finas roupas: as macas (sacos roliço de algodão) de redes e cobertas de algodão que não tinha água encanada ia buscar nas fontes. A lenha para ascender o fogo; os vasilhames de gamela, enormes panelas de ferro, tachos de cobre, borrachas (sacos de couro cru, para depósito de água), arfoges, joconons de palhas, arigüidás (bacias de barro), buracas, grajaus, jacás, os taroques de 50 litros em vidro (para as pingas e licores), as latas de azeite de mamona para iluminar com pavios, as lamparinas de querosene, balaios, pote, latas, varas para levantar jiraus, buritis para fazer tarimbas, forquilhas para o suporte dos potes e botijas, rouqueiras (um pesado cepo de madeira com um cano para cima, que enchia de pólvora e detonava os tiros, semelhantes aos de canhões, invés de foguete), enfim, tudo de uso e utilidade, nada podia faltar nas luxuosas Festas do Carmo. Tem que ser lembrado também que os alumínios eram areados com folhas de cega-machado (bombril da época), as mais grosseiras eram areadas com folhas de sambaíba (palhas de aço).

Cortejos e Reinados – É o desfile dos festeiros em realeza no trajeto da Casa da Festa à Igreja Nossa Senhora do Carmo, e vice-versa.

Luminárias de Rolos – Os reinados noturnos seguem a tradição das varinhas de bambu, com rolo de cera de abelhas e pavio de algodão, retratando a época que era exatamente iluminada antes da energia elétrica.

Par de Salva – Figurante do sorteio já extinto, (Oficial da Guarda Imperial que conduzia a coroa do Imperador numa bandeja especial. Porém, ainda se carrega a coroa da Padroeira na bandeja, nas ruas, recolhendo esmolas urbanas, conduzidas por 2 mocinhas da cidade.

Par de Estoques – Oficial da Guarda da Cavalaria. “Dragões pagos de Goiás”. Segurança e guarda do Imperador com farda de cores amarela e azul, cores escolhidas pela própria Dona Maria I, na inspiração do seu encanto pelas araras de Goiás. Figurante que era contido no sorteio da Irmandade do Divino acompanhava o Imperador com uma espada de prata. Depois de extraviada passaram a usar um facão colim, até que nos anos de 1920 foi extinto dos cortejos do Imperador.

Súscia – Dança regional, dançada ao som de pandeiros, violas e cantadores em ritmo rápido, frenético e repicado, o casal baila em caractere de desafio de umbigadas. A mulher em passo miúdos sobre tudo graciosos e sedutores, mão na cintura girando, girando. O homem com forte sapateado acercando-se dela, tentando dominá-la. Coreografia muito destintas.

Caçada – Esporte que difundia muito entre os nobres. A tradicional caçada da Rainha segue da casa da festa montados a cavalo, acompanhado por caçadores e caçadores também montados a cavalo. A pé segue a turma do tambor, caretas, e milhares de pessoas que tocam o tambor, dançam, bebem licor é uma alegria tremenda.

Dança do Tambor – Dança regional, dançada ao som de tambores feito de madeiras e couro curtido. A ser esquentado em fogo ou sol o tambor proporciona um som arrepiante, é nde os dançarinos arrepiam a botina no chão fazendo as dançarinas rodar a saia.

Tambozeiros – São homens que carregam e tocam os tambores nos reinados, casa do Rei Rainha e principalmente na caçada.

Caçadores – São homens e mulheres montados a cavalo com vestes padronizado acompanhado o Rei e Rainha na caçada

Caretas – Disfarce grotesco e satírico para ocultar identidade de assustar e divertir a corte. Hoje eles participam da caçada com cipós fazenda a festa da criançada e dos adultos.

Congadas/Congos – É um ato de origem africana, que relembra a coroação dos Reis dos Congos aos moldes da Monarquia Portuguesa, seu nome varia de acordo com a região: no Norte por exemplo é chamado como Congo; no Sul como Congada. Foi usado pelos Jesuítas na obra de conversão da catequese e é dedicado aos padroeiros São Benedito, Nossa Senhora do Rosário e Santa Efigênia, mostra a luta do bem com o mal.

Cozinheiros e Cozinheiras – São as pessoas que preparam a cozinha, põe fogo nas lenhas, corta as carnes, lava o arroz, o feijão, prepara os pratos, lavam as panelas e outros.

Boleiras – São mulheres que prepararam os ingredientes em gamelas e mexem com próprias mãos até dá o ponto para ser colocado nas formas e ser levado ao forno para assar.

Café com Bolo – É o momento após a missa e o reinado que o Festeiro oferece varias espécies de bolos para os participantes comerem a vontade na casa da festa.

Forneiros – É homens que colocam lenhas, põe fogo e limpa o forno para assar os bolos, são eles que colocam e tiram os bolos nos fornos com auxilio das boleiras.

Serventes – São homens e mulheres que ajudam na organização das mesas de refeições, bebidas e café com bolos.

Soltador de Foguetes – É homens que animam a festa e o reinado com os barulhos dos foguetes.

Ajudantes Diversos - São homens e mulheres que participam dos trabalhos organizando, limpando e zelando do ambiente onde será realizado a festa.

Dançarinos e Dançarinas de Súscia e Tambor – Frente a Frente, lado a lado homens e mulheres participam da festa dançando, o homem tipicamente de botina e chapéu a mulher de saias rodadas, fazem a festa a som dos pandeiros, violas e tambores.

Licor – É a bebida típica da festa, preparada de vários sabores entre eles a água de jenipapo e caju que ao ser misturado com água, pinga, açúcar e cravinho fica uma maravilha.

Licozeiro – São as pessoas que preparam e mistura os ingredientes e fazem o licor

Lenha – Madeiras secas cortadas e utilizadas como fogo para cozinhar e assar os bolos.

Caixa – Instrumento utilizado pelo caixeiro da folia, confeccionado de madeira e couro, ao ser tocada pelo caixeiro com os dois cambitos feitos de pau Brasil ela proporciona som que pode ser ouvido de longe pelos moradores, é o anuncio que a folia esta se aproximando das propriedades. É usada nos cantos juntos com os foliões.

Pandeiro – Instrumento usado pelos foliões, é feito de couro de Bode ou Viado, pedaços de madeiras lapidadas, moedas ou tampa de garrafas nas laterais, tem o formato arredondado, o mesmo produz som e é usado nas cantorias como: licença, bendito, rodas, catiras e súscia.

Viola – Instrumento usado pelo violeiro, é a mesma viola usada pelos músicos. Usada em todos os cantos dos foliões.

Sanfona – É o instrumento utilizado pelo sanfoneiro também conhecido com o acordeom. Usado na folia das mulheres.

Tambor – Instrumento feito de madeira de merindiba ou bananeira e couro de bezerro, tem uma altura em torno de 50cm, seu meio é oco, colocado ao sol o couro se estica e ao ser tocado pelos tambozeiros proporciona um som que pode ser ouvido a distância.

Reque, Pandeirinho e Ganzá - São os instrumentos usados pelos congos, é feito de madeiras, couro, cabaça, cuha, latas e outros, todos proporciona sons.

Gamelas – É uma espécie de vasilha que tem utilidade para misturar os ingredientes para confeccionar bolos e outras comidas. É feita de madeira e algumas de alumínio.

Colher de Pau – É uma espécie de colher ou concha com cabos longos, utilizadas para mexer as comidas nas grandes panelas. Os cabos são longos para evitar a aproximação dos cozinheiros nas panelas evitando queimaduras, devido o calor proporcionado pelo fogo colocados nas lenhas.

Buracas – É como se fosse uma mala em formato quadrado com alças nas laterais para facilitar o manuseio. É utilizada para armazenar e transportar materiais diversos é feita de couro. É muita utilizada pelos arrieiros para transportar e armazenar os materiais das folias. O seu formato facilita o manuseio e transporte em lombos de animais.

Pontos Turísticos/ Lazer Usina Hidrelétrica Isamu Ikeda no Rio Balsas USINA HIDRLÉTRICA ISAMU IKEDAEsta construída no Rio Balsas Mineiro, na divisa dos municípios de Ponte Alta e Monte do Carmo (TO), fica a 40 km do centro de Monte do Carmo. Tem uma Potência instaladade 27,6 MW, o reservatório soma um total de 12km2, e iniciou as operações no ano de 1982.


Agenda

Janeiro 06 - Folia de Reis e Missa de Santos Reis. (Folias e festa de Imperador)12 – Inicio das Novenas e leilões de São Sebastião.19 - Corrida de cavalos São Sebastião.20 - Procissão e Missa de São Sebastião. Fevereiro02 – Nossa Senhora das Candeias. É rezado terços em homenagem a Santa.Carnaval de Rua Abril Domingo de Páscoa - Saída da Folia do Divino Espírito Santo. Maio Chegada das Folias – Encontro das Folias do Divino Espírito Santo. (trinta e um dias após a saída).Festa do Imperador Mirim do Divino Espírito Santo. Junho 13 – Santo Antonio, 24 – São João, quadrilhas, fogueiras, quentão, casamento da roça, etc. Julho Folia de Nossa Senhora do Livramento – Realizada no primeiro sábado do mês, na zona rural. 07 a 15 - novenas, missas e leilões de prendas doadas pela população. 08 – Chegada do Imperador e do Rei e Rainha na cidade. 10 – Imperador visita o Rei e Rainha. 11 – Rei e Rainha visitam o Imperador. 14 – Soquete na casa do Rei e Rainha. 15 – Festa de Capitão de Mastro do Divino e Capitoa de Nossa Senhora do Rosário. 16 - (manhã) Missa da Padroeira do Município - Nossa Senhora do Carmo. Giro da Folia das Mulheres durante todo o dia. 19 horas Missa de coroação do novo Imperador do Divino, após, segue até a casa da festa onde é servido: café, bolo, licor e forro. 17 – 8 horas Missa em louvor ao Divino Espírito Santo com a presença do Imperador e Imperatriz, além, dos alferes das folias levando as bandeiras e (sorteio do novo Imperador). Após segue até a casa da festa onde é servido: café, bolo e licor. 14 horas Tradicional Caçada da Rainha em homenagem a Nossa Senhora do Rosário a Santa Protetora dos Escravos, onde o Rei e Rainha acompanhados pelos caçadores montados a cavalo, caretas e também, por uma grande multidão tocando e dançando tambor. Percorrem algumas ruas da cidade até as 18 horas. 19 horas Celebração de missa e coroação do Casal Real, após segue até a casa da festa onde é servido: café, bolo, licores e dança do tambor e forro. 18 - 08 horas Missa de Nossa Senhora do Rosário, (Missa da Rainha) com apresentação dos Congos, Taiêras e tambor. Almoço e encerramento da festa. Setembro Festa de Rodeio, Participação da população urbano e rural e muitos visitantes das cidades vizinhas. Data a ser definida. Outubro 07 – Nossa Senhora do Rosário – (é mais simples do que a realizada em julho). 23 –Aniversário da Cidade. Dezembro 08 - Nossa Senhora da Conceição 12 – Santa Luzia - É rezado terços em homenagem a Santa.