FESTA DO DIVINO EM SABARÁ - 2015

Apenas como lembrança de informações que já lhe passei há alguns anos, a Sociedade do Divino Espírito Santo de Sabará foi fundada em 1772. A coroa e o cetro, que são portados, respectivamente, pelo Imperador do Divino e pelo Mordomo, são de prata portuguesa e datam também do século XVIII. Sabará foi uma das três Vilas do Ouro (as outras duas são Mariana e Ouro Preto) a única que teve predominância cultural portuguesa. Isto se deveu ao fato de que, na Guerra dos Emboabas (1708) os portugueses, baianos e pernambucanos expulsaram todos os paulistas (exceto o fundador da cidade, Bandeirante Borba Gato). Por esta razão, Sabará sempre foi fiel aos Reis de Portugal e, criado o Império, foi sempre fiel ao Imperador, ao contrário das duas outras Vilas do Ouro, citadas. Por sua lealdade à Monarquia, Sabará recebeu do Imperador Dom Pedro I o título de "Fidelíssima do Imperador". Título que ostenta com muito orgulho e cujo original encontra-se exposto em um de seus museus ( o Museu do Ouro). Entre outros benefícios auferidos da sua formação cultural portuguesa, Sabará herdou uma forte devoção ao Divino Espírito Santo e, até hoje, a exemplo de Portugal, no Dia do Divino, é distribuído um presente de carne e de pão.

 

As legendas para as fotos  são:

Foto nº 1: Matriz de Nossa do Rosário  (inacabada externamente) engalanada para a Missa do Domingo.

Foto nº 2: Dr. Marcelino Maia de Lima Guerra (que foi Imperador do Divino em 2006) e seu pai, Dr. Mário Guerra, conduzindo panela de pedra sabão com fogo. Na panela é acondicionado sal e sobre ele despejado álcool o qual é aceso e levado à frente do Evangelho, quando este é conduzido para o altar.

Foto nº 3: Dr. Marcelino Maia de Lima Guerra (que foi Imperador do Divino em 2006), Sr. Salvador Pereira  e Dr. Mário de Lima Guerra, conduzindo panela de pedra sabão com fogo. Na panela é acondicionado sal e sobre ele despejado alcool, o qual é aceso e levado à frente do Evangelho para o altar.

Foto nº 4: Matriz de Nossa do Rosário  (inacabada externamente, única de Minas que possui esta característica) engalanada para a Missa do Domingo.
 

Foto nº 5: Imperador do Divino, Sr. Carlos Nascimento, conduzindo a Coroa do Divino, e o Mordomo do Divino, Sr. Maurílio Jorge da Silva , conduzindo o Cetro do Divino. Eles ficam dentro de um triângulo de varas de prata sustentado por três Anjos. 
 

Foto nº 6: Crianças trajadas nas cores do Divino Espírito Santo.
 

Foto nº 7: Resplendor talhado em madeira, datado do séc. XVIII.

Foto nº 8: Resplendor talhado em madeira, arte contemporânea ( comprovando que a devoção continua a mesma, desde o séc. XVIII). Logo atrás, encontra-se o Estandarte da Faculdade de Sabará, cujo Padroeiro é o Divino, conduzido por uma delegação de Acadêmicos de  Direito e de Administração daquela instituição. 

Foto nº 9: Empresário Humberto Del Rio, Presidente da Sociedade do Divino Espírito Santo de Sabará, conduzindo a âmbula, em direção ao altar.
 

Foto nº 10: Padres oficiantes da cerimônia, acompanhando a procissão: Pe. Cleber de Brito, Pe. Rogério Messias dos Santos e Pe. João Carlos da Silva. 
 

Foto nº 11: Estandartes do Divino conduzidos por membros da tradicional Sociedade do Divino Espírito Santo de Sabará.
 

Foto nº 12: Meninos portando placas das Virtudes do Divino.
 

Foto nº 13: Bandeira do Divino, conduzida pelo Mordomo do Divino, Maurílio Jorge da Silva, e pelo Imperador do Divino, Carlos Nascimento. A Procissão da Bandeira do Divino, sempre à noite do sábado de véspera de Pentecostes,  segue pelas ruas centenárias de Sabará e, em frente à antiga Matriz de Nossa Senhora da Conceição (padroeira da cidade) é colocada em um mastro, levantado sob o estrépito de fogos, palmas e música. Em seguida, são servidos pratos típicos da culinária mineira, onde nunca falta o "ora-pro-nobis" e o bolo de feijão (este último, remanescente do acarajé da cultura baiana herdada dos Emboabas).


 

Viva o Divino Espírito Santo


 

Mario de Lima Guerra