PARATY 2008
A comissão organizadora divulgou que a programação religiosa se repete durante os dez dias de festa com a procissão diária da Bandeira Mestra pelas ruas do Centro Histórico, as quais são decoradas pelas senhoras da paróquia e pela comissão da festa. Essa não é a primeira vez que a atual comissão organizadora realiza a festa. Os festeiros e colaboradores acreditam que a experiência de anos anteriores será uma forte aliada na organização de um grande evento religioso.

O Festeiro é a figura mais importante na organização do evento em Paraty, mas ele não trabalha sozinho.
Escolhido pela paróquia, conta com o apoio da população meses antes da realização da festa para que tudo seja acertado e a festa seja um sucesso.
Como acontece há alguns anos, as celebrações realizadas durante a Festa do Divino serão preparadas pelas equipes de liturgia da cidade. Vale lembrar, ainda, que na área ao lado da Igreja Matriz são montadas barracas com comidas típicas, bebidas e petiscos. Já na Praça da Matriz, acontecem os eventos da programação “profana” da Festa do Divino, que inclui shows musicais, brincadeiras, torneios esportivos.
Sempre há, além dos eventos litúrgicos, apresentaçãoes musicais, grupos folclóricos, danças típicas, teatro de rua, gincana, coroas cirandeiros, etc.
HERANÇA
A herança do colonizador português se exterioriza de diversas formas, resultando sempre em grandes festas, sendo a Festa do Divino uma das mais cheias de pompa e alegria desde os tempos do Brasil Colônia. Da celebração festiva já faziam parte os imperadores, mordomos, bandeireiros, império e levantamento do Mastro do Divino.

 
Na Festa do Divino em Paraty ainda existe a participação da folia nas procissões das bandeiras e no bando precatório. A tradicional procissão das bandeiras vermelhas, tendo ao centro uma pomba branca, símbolo do Divino Espírito Santo, percorre as ruas da cidade acompanhada da folia e da banda de música, onde será celebrada missa ou ladainha da novena preparatória do dia de pentecostes.
Na véspera da festa, sábado, persiste a distribuição de carne aos pobres e o “almoço público”, com farta distribuição de comida.
À noite, durante a celebração da missa, é coroado o menino imperador. As danças folclóricas como a congada, o cateretê e a ciranda divertem o povo nas noites de sábado e domingo.

O Imperador preside as cerimônias de sua festa distribuindo lembranças e medalhas, soltando da cadeia um preso comum, como indulgência imperial, e recebe as homenagens das autoridades locais e as reverências de praxe. Na parte religiosa, preside às procissões e tem assento ao lado direito do altar, em trono ricamente ornado, ostentando as insígnias imperiais: coroa e cetro de prata.