Eugênio Sávio
As cavalhadas abrem a Festa do Divino, uma das poucas de origem conhecida, numa mistura de tradições típica do folclore brasileiro


Trazida ao Brasil pelos primeiros colonizadores, a Festa do Divino Espírito Santo tem data e local de origem determinados: foi criada por D. Isabel, rainha de Portugal, no início do século XIV, na cidade de Alenquer, para angariar fundos para a construção da igreja do Divino Espírito Santo. No Brasil, ela acontece tanto em pequenas cidades quanto na periferia de capitais, e ganhou características próprias. Cinqüenta dias antes do domingo de Pentecostes (data exata da comemoração), foliões saem pelas ruas carregando a bandeira do Divino (vermelha, com uma pomba branca, símbolo do Espírito Santo) e recolhendo prendas para o evento. No dia da festa, além da missa, da procissão e da quermesse, acontece a coroação do Imperador do Divino. O personagem é uma criação brasileira dos tempos do Brasil Colônia. Em alguns lugares, como Goiás, a Festa do Divino envolve outras manifestações, como as cavalhadas de mouros e cristãos.

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