Há
hoje em São Paulo duas modalidades de cavalhadas.
Aquelas que reelaboram os relatos das lutas de Carlos
Magno e os Pares de França contra os Mouros (lutas de
Mouros e Cristãos) estruturando-se simbolicamente a
rivalidade em dois campos que se opõem, nas investidas
que cada grupo faz ao campo adversário e na oposição das
cores: - azul para os Cristãos e vermelho a dos Mouros.
O conflito é acirrado com mortes, raptos, prisões,
embaixadas e resgates.
Os cavaleiros (12 representando Mouros e 12
representando Cristãos) sempre muito hábeis nas manobras
com seus animais, esforçam-se em campo para dar conta do
entrecho dramático através de carreiras e evoluções, em
duplas ou grupais, de manejos de espadas, lanças e tiros
de festim, e com a participação de coadjuvantes
mascarados, sempre em números variáveis. A luta termina
com a vitória dos Cristãos e a conversão dos Mouros.
A outra modalidade de Cavalhada, registrada no Brasil já
no século XVI, sem entrechos dramáticos, estrutura-se em
uma série variável de jogos montados:- das argolinhas,
das canas (lanças), as alcancias. São muitas as notícias
destes jogos eqüestres dentro da cidade de São Paulo no
século XIX, o que sugere que os paulistas já possuíam um
gosto especial pelo divertimento.
Ocorrência: Franca, Guararema e São Luís do
Paraitinga (Mouros e Cristãos), Igaratá e Santa Isabel
(de Jogos). |