A Festa do
Divino no Estado do Paraná - Sul do Brasil
FESTA DO DIVINO
2013

Programação Festa do Divino
2013
Festa do Divino 2013
de 12 a 21 de julho de 2013
Festeiros-mor:
Aldo e Ivonete
Em breve programação aqui

FESTA DO DIVINO - em 2013
comemoramos 103 anos
Tradicional festa religiosa de Guaratuba, realizada na
segunda quinzena de julho. O evento reúne milhares de
fiéis, e é previamente anunciada pelas Bandeiras do
Divino Espírito Santo (vermelha), e da Santíssima
Trindade (branca), que saem pelo interior do Município,
sempre no dia 03 de maio, dia de Santa Cruz, visitando
todos os sítios e povoados, acompanhados por quatro
foliões com seus respectivos instrumentos: viola, tambor
e rabeca. Nos últimos dez dias que antecedem a grande
festa, os foliões percorrem toda a área urbana da cidade
também recebendo donativos.
No dia determinado os foliões são convocados para
conduzir as bandeiras ao altar da Igreja Matriz,
acompanhados pelo casal Festeiro Mor, que neste ano de
2010 é Enéas Marcondes e Vânia. As
bandeiras permanecem no altar até o final da Festa do
Divino, encerrando-se shows de artistas de renome,
espetacular show pirotécnico e grande procissão com a
missa final que anuncia o casal festeiro do ano
seguinte.
História
A Festa do Divino Espírito Santo é uma das festas mais
recorrentes em todos os calendários turísticos e sobre
festas que pude encontrar. Sua realização, contudo,
parece adquirir maior relevância em regiões de
colonização mais recente, como é o caso do Centro-Oeste
brasileiro.
Pouco se sabe sobre sua origem como evento no Brasil a
não ser que ela veio com os portugueses no período
colonial, quando era efusivamente comemorada. Segundo
vários autores ela foi sofrendo transformações
paulatinas, “decaindo” na preferência popular por alguns
anos, devido, talvez, ao empobrecimento das regiões onde
se solidificaram como forma de culto ao Espírito Santo,
pois elas parecem ter tido início, no Brasil, nas áreas
de mineração do ouro, como Minas Gerais e Goiás.
A respeito dos primeiros tempos da Festa do Divino no
Brasil e as formas pelas quais teria sido levada à
região central, existem poucas e imprecisas informações,
tanto nos vários autores que dela trataram como também
segundo alguns moradores da região. Acredita-se que o
costume veio de Portugal, trazido pelos missionários
jesuítas e primeiros colonos.
Fonte:
www.portaldeguaratuba.com.br

Curitiba -
PR
Santuário realiza
tradicional visita com a Bandeira do
Divino
Famílias festeiras preparam ambiente
acolhedor para receber a bênção em
suas residências
Extraído
da Redação Bem Paraná
( O Portal Paranaense )
(foto: Divulgação)
Cerca de 80 famílias de fiéis
pertencentes ao Santuário Nossa Senhora
do Carmo, no bairro Boqueirão, estão
preparando suas casas para receber a
visita da Bandeira do Divino que inicia
neste sábado (02), às 18h.
A festa religiosa que se mistura com
manifestações folclóricas é semelhante a
Folia de Reis, mas ao contrário desta,
onde anuncia-se o nascimento de Jesus, a
Festa do Divino anuncia a descida do
Espírito Santo. A programação inclui
mais três visitas nos dias 09, 16 e 23
de maio, além de outras atividades que
são realizadas no Santuário.
“Me sinto muito honrada em receber esta
visita do Divino Espírito Santo em meu
lar. É a terceira vez que participo e a
cada ano é mais bonita a união das
pessoas,” diz Vanda Pioli, uma das
devotas cadastradas para acolher os
festeiros. Quem recebe as visitas são as
pessoas que deixam seus nomes
cadastrados antecipadamente. Mas, quem
quiser também pode deixar seus pedidos e
fazer o nó nas fitas da Bandeira que
ficará durante todo o mês de maio, no
império do Divino Espírito Santo, na
capela do Santuário.
A equipe que visita as casas é formada
por 15 cantores, 20 meninas que fazem
coreografias, 1 alferes da bandeira e 1
imperador, além das outros 30
integrantes que seguem em procissão,
vestidos com roupas coloridas. Este ano
serão visitados devotos que residem
próximo ao Santuário e em outros bairros
como Xaxim e Alto Boqueirão. Além das
famílias que se cadastram, também
vizinhos e outros convidados participam.
“Todos os anos convido várias pessoas
para virem à minha casa. O objetivo é
faze-las conhecer melhor a tradição e
assim atraí-las para Igreja,” afirma
Vanda.
Tradição – Realizada no Santuário Nossa
Senhora do Carmo desde 2004, a “Folia do
Divino” traz manifestações folclóricas
envolvendo danças, músicas e muito
colorido. A Bandeira é levada às
residências para que cada família faça
seu pedido, ao fazer nó nas fitas e
benzer suas casas.
.De acordo com Geovane Rodrigues,
coordenadora do evento, “a família é um
dos símbolos da festa que teve origem
com a primeira família que homenageou o
Divino depois que a Princesa Isabel
trouxe esta devoção ao Brasil”. Na
visita ao festeiro reza-se a coroa do
Divino Espírito Santo, para que todos
sejam abençoados com os seus 7 dons:
Sabedoria, Ciência, Fortaleza, Temor de
Deus, Conselho, Piedade e Entendimento.
O Santuário Nossa Senhora do Carmo fica
na Av. Marechal Floriano Peixoto, 8520 –
Boqueirão
Programação:
Dias 02, 09, 16 e 23 de maio - visita da
bandeira, à partir das 18h
Dia 30 de maio - Anúncio dos novos
imperadores, Alferes da Santa Bandeira,
hasteamento da bandeira da Festa, às
19h, seguido de jantar dançante
Dia 31 de maio – Missa solene, às 10h30
e coroação do novo imperador da Festa do
Divino
De casa em casa
Santuário faz
neste sábado
últimas visitas
com a Bandeira
do Divino
Manifestação
religiosa se
assemelha à
Folia de
Reis
| Da
Redação Bem
Paraná
Fiéis
beijam a
Bandeira
do
Divino,
que
passa de
casa em
casa no
Boqueirão
(foto:
Divulgação)
|
|
História da Festa do Divino
em Guaratuba - PR
Consta na história
de Guaratuba, que a Imagem do Divino Espírito Santo foi oferecida a
Guaratuba, pôr Força Divina, que a deixou para que um devoto a
encontrasse. Depois de banhada na Fonte do Itororó, foi a mesma Imagem
recolhida à Igreja Matriz Nossa Senhora do Bom Sucesso, dando
conseqüentemente àquela Fonte, o valor miraculoso das curas que os
devotos até hoje cultuam.
É o Divino Espírito Santo festejado no município, todos os anos, na
segunda quinzena do mês de julho. A festa, que reúne milhares de fiéis,
é previamente anunciada pelas Bandeiras - branca e vermelha. A Bandeira
branca representando a Santíssima Trindade e a vermelha o Divino
Espírito Santo, que saem dois meses antes da realização da festa, pelo
interior do município, visitando todos os sítios e povoados distantes
acompanhadas de quatro foliões, recebendo donativos.
O grupo de foliões é
composto de mestre, contra, rabequista e tríple. Cada qual com
instrumento respectivo: viola, tambor e rebeca.
Começam as
Bandeiras a sua peregrinação, pelos sítios, em data que fixou-se, no dia
3 de maio de cada ano, dia de Santa Cruz. A aproximação das Bandeiras é
anunciada pelo toque simbólico do tambor e cantoria dos foliões. A dona
da casa, ao chegar a Bandeira, vai ao seu encontro, recebendo-a do seu
condutor levando-a para o interior da residência. Neste momento, é
cantando o verso iniciado pelo mestre e que é acompanhado pelo contra e
o tríple:
“O
Divino Espírito Santo
Em vossa casa chegou
Veio vos pedir uma oferta
Que o festeiro mandou’’
Após receberam o donativo, retiram-se cantando a mesma música, para
outras casas vizinhas. Recolhidas as Bandeiras das viagens pelo interior
do município, onde muitas vezes atravessam as fronteiras, novos
preparativos acontecem.
Nos dias que antecedem a
festa, os foliões percorrem toda a área urbana da cidade, também
recebendo donativos. Grande número de fiéis fazem procissão atrás das
Bandeiras, durante à noite, conduzindo velas acesas e entoando músicas
em louvor ao Divino Espírito Santo e Santíssima Trindade. Terminadas as
visitas, preparam-se os foliões para os dias da grandiosa festa. No dia
determinado, os foliões são convocados para conduzir as Bandeiras ao
altar da Igreja Matriz Nossa Senhora do Bom Sucesso, acompanhados pelo
casal Festeiro Mor.
As Bandeiras permanecem
no altar até o final da festa.

A LENDA DO DIVINO ESPÍRITO
SANTO
Conta a História que, quando o vento está forte e o mar
bravio e tenebroso, alguns pescadores ouvem ainda, pelas
ilhas e rochedos de Guaratuba, os gemidos tristes e
desesperados da alma dos companheiros que o mar tragou.
Diz a lenda que um velho pescador, enrijecido em lutas e
perigos, viu-se alta madrugada, sem rumo, envolto em trevas
pela queda brusca de forte cerração marítima.
Remava sem conta, na esperança de voltar à sua habitação,
não muito longe da costa. A terra entretanto parecia fugir,
à medida que avançava em distância para o alto mar. No seu
desespero rogou ao Divino Espírito Santo que o guiasse para
terra firme. Surpreso, distinguiu logo, brilhando ao longe,
um sinal luminoso, ainda apagado pela cerração, entre a
bruma cerrada.
Cansado, tratou prontamente de seguir na direção da LUZ,
certo de que o Divino atendera a sua súplica. Calculava que
fosse a sua segunda noite de agonia, perdido naquele mar
imenso. Unindo toda força de seu corpo, continuava remando
sem atingir terra e abrigo.
Com o alvorecer, mais brilhante do que uma estrela de ouro,
se fez aquela "Luz Salvadora". Pôde distinguir, então,
alguns rochedos ou a serrania da costa bem próxima. A luz
ali perto ainda estava a brilhar no fundo das águas. Mais
algumas remadas e sua embarcação roçava em baixios de areia.
FESTA DO DIVINO
Tradicional festa religiosa de Guaratuba, realizada na
segunda quinzena de julho. O evento reúne milhares de fiéis,
é previamente anunciada pelas Bandeiras do Divino Espírito
Santo (vermelha), e da Santíssima Trindade (branca), que
saem pelo interior do Município, sempre no dia 03 de maio,
dia de Santa Cruz, visitando todos os sítios e povoados,
acompanhados por quatro foliões com seus respectivos
instrumentos: viola, tambor e rabeca. Nos últimos dez dias
que antecedem a grande festa, os foliões percorrem toda a
área urbana da cidade também recebendo donativos.
No dia determinado os foliões são convocados para conduzir
as bandeiras ao altar da Igreja Matriz, acompanhados pelo
casal Festeiro Mor. As bandeiras permanecem no altar até o
final da Festa do Divino, encerrando-se shows de artistas de
renome, espetacular show pirotécnico e grande procissão com
a missa final que anuncia o casal festeiro do ano seguinte.
História
A Festa do Divino Espírito Santo é uma das festas mais
recorrentes em todos os calendários turísticos e sobre
festas que pude encontrar. Sua realização, contudo, parece
adquirir maior relevância em regiões de colonização mais
recente, como é o caso do Centro-Oeste brasileiro, onde
outras ela é a mais constante nos calendários das cidades.
Pouco se sabe sobre sua origem como evento no Brasil a não
ser que ela veio com os portugueses no período
colonial,quando era efusivamente comemorada. Segundo vários
autores ela foi sofrendo transformações paulatinas,
“decaindo” na preferência popular por alguns anos, devido,
talvez, ao empobrecimento das regiões onde se solidificaram
como forma de culto ao Espírito Santo, pois elas parecem ter
tido início, no Brasil, nas áreas de mineração do ouro, como
Minas Gerais e Goiás.
A respeito dos primeiros tempos da Festa do Divino no Brasil
e as formas elas quais teria sido levada à região central,
existem poucas e imprecisas informações, tanto nos vários
autores que dela trataram como também segundo alguns
moradores desta região. Acredita-se que o costume veio de
Portugal, trazido pelos missionários jesuítas e primeiros
colonos. E dizem que a festa estava já difundida em todo
país antes de chegar à região central.
Lenda do Divino Espírito Santo
Conta uma lenda, que um velho pescador, enrijecido pela luta
da vida e dos perigos do mar, vi-se, já de madrugada,
envolto na escuridão sob forte Neblina em pleno alto mar.
Remava na esperança de voltar para casa, não muito longe da
costa, assim imaginava. A terra entretanto, parecia fugir a
medida em ele avançava para o mar alto. No seu desespero,
rogou ao Divino Espírito Santo que o guiasse para a terra
firme. Surpreso, viu ao longe um sinal luminoso na
escuridão, abrandado pela neblina.
Exausto, tratou de seguir logo em direção daquela luz, certo
de que seu pedido foi atendido pelo Espírito Santo.
Sem noção do tempo, o pescador calculava que aquela noite
era a segunda noite de agonia naquele imenso oceano.
Juntou todas as forças que ainda lhe restavam, continuou a
remar, mas não conseguia chegar em terra firme.
Veio a alvorada, brilhante como uma estrela, uma luz
salvadora iluminando seu caminho. Pode assim, distinguir os
rochedos e os contornos da serra do continente, já bem
próximo. A luz que o avia guiado, ainda brilhava bem
próximo, no fundo das águas . Umas remadas a mais e sua
embarcação raspava os baixios, tocando na areia.
Quando criança, o velho pescador ouvira contar, que aquele
era um sinal predestinado (de Deus), mostrando riquezas no
fundo do mar. Ele salto do barco, bastante cansado, buscando
este segredo admirável. Porém, aquele brilho, desapareceu de
repente. Procurou por toda a parte e nada de encontrar. Mas
com a despontar dos raios do sol, ele pode notar, um pouco
mais adiante, um objeto que tinha uma forma retangular. Era
uma caixa simples meio avermelhada. Será que esse era o seu
tão desejado tesouro?
Seu coração disparou, segurava o precioso achado em sua
tremulas mãos, calejadas pelo longo tempo de árduo trabalho.
Mas aquela caixa era muito leve, não podia conter algo
valioso, desiludindo um pouco o velho pescador.
Forçando a fechadura, bastante enferrujada, abriu a caixa e
teve uma enorme surpresa: dentro da caixa havia uma Pomba
Dourada – símbolo do Divino Espírito Santo, coberta pelo
lodo. Naquele momento o pescador compreendeu os mistérios de
DEUS recordando-se do seu voto de fé e da prece que fizera
horas antes. Uma paz adentrou em seu espírito, olhou a sua
volta e percebeu naquele instante, que haviam se passado
vários dias (oito). Estava próximo a Vila de Guaratuba,
longe, muitas milhas do seu velho rancho.
O milagre se fez! Os murmúrios, que se ouviam no mar, dos
companheiros que morreram trabalhando no mar, na seriam mais
ouvidos. Agora suas almas teriam finalmente a paz que sempre
esperavam. Tomou o ruma da Vila, onde a noticia do
miraculoso achado percorreu rapidamente entre o povo da
comunidade.
- Era preciso lavar a imagem em água pura, - diziam eles.
Então ela foi levada a uma fonte de águas cristalinas que
brotavam do sopé de uma montanha (Morro do Pinto), a beira
de um caminho que levava as praias.
A imagem do Divino foi lavada, deixando nas águas suas ricas
virtudes, para o alívio das dores e enfermidades, era o 9º
dia. Mais tarde, a Caixa com a imagem, foram levadas para o
altar da Igreja Matriz, permanecendo ali por vários anos,
até o seu misterioso desaparecimento.
|
História da Festa do Divino
Consta na história
de Guaratuba, que a Imagem do Divino Espírito Santo foi oferecida a
Guaratuba, pôr Força Divina, que a deixou para que um devoto a
encontrasse. Depois de banhada na Fonte do Itororó, foi a mesma Imagem
recolhida à Igreja Matriz Nossa Senhora do Bom Sucesso, dando
conseqüentemente àquela Fonte, o valor miraculoso das curas que os
devotos até hoje cultuam.
É o Divino Espírito Santo festejado no município, todos os anos, na
segunda quinzena do mês de julho. A festa, que reúne milhares de fiéis,
é previamente anunciada pelas Bandeiras - branca e vermelha. A Bandeira
branca representando a Santíssima Trindade e a vermelha o Divino
Espírito Santo, que saem dois meses antes da realização da festa, pelo
interior do município, visitando todos os sítios e povoados distantes
acompanhadas de quatro foliões, recebendo donativos.
O grupo de foliões é
composto de mestre, contra, rabequista e tríple. Cada qual com
instrumento respectivo: viola, tambor e rebeca.
Começam as
Bandeiras a sua peregrinação, pelos sítios, em data que fixou-se, no dia
3 de maio de cada ano, dia de Santa Cruz. A aproximação das Bandeiras é
anunciada pelo toque simbólico do tambor e cantoria dos foliões. A dona
da casa, ao chegar a Bandeira, vai ao seu encontro, recebendo-a do seu
condutor levando-a para o interior da residência. Neste momento, é
cantando o verso iniciado pelo mestre e que é acompanhado pelo contra e
o tríple:
“O
Divino Espírito Santo
Em vossa casa chegou
Veio vos pedir uma oferta
Que o festeiro mandou’’
Após receberam o donativo, retiram-se cantando a mesma música, para
outras casas vizinhas. Recolhidas as Bandeiras das viagens pelo interior
do município, onde muitas vezes atravessam as fronteiras, novos
preparativos acontecem.
Nos dias que antecedem a
festa, os foliões percorrem toda a área urbana da cidade, também
recebendo donativos. Grande número de fiéis fazem procissão atrás das
Bandeiras, durante à noite, conduzindo velas acesas e entoando músicas
em louvor ao Divino Espírito Santo e Santíssima Trindade. Terminadas as
visitas, preparam-se os foliões para os dias da grandiosa festa. No dia
determinado, os foliões são convocados para conduzir as Bandeiras ao
altar da Igreja Matriz Nossa Senhora do Bom Sucesso, acompanhados pelo
casal Festeiro Mor.
As Bandeiras permanecem
no altar até o final da festa.

A LENDA DO DIVINO ESPÍRITO
SANTO
Conta a História que, quando o vento está forte e o mar
bravio e tenebroso, alguns pescadores ouvem ainda, pelas
ilhas e rochedos de Guaratuba, os gemidos tristes e
desesperados da alma dos companheiros que o mar tragou.
Diz a lenda que um velho pescador, enrijecido em lutas e
perigos, viu-se alta madrugada, sem rumo, envolto em trevas
pela queda brusca de forte cerração marítima.
Remava sem conta, na esperança de voltar à sua habitação,
não muito longe da costa. A terra entretanto parecia fugir,
à medida que avançava em distância para o alto mar. No seu
desespero rogou ao Divino Espírito Santo que o guiasse para
terra firme. Surpreso, distinguiu logo, brilhando ao longe,
um sinal luminoso, ainda apagado pela cerração, entre a
bruma cerrada.
Cansado, tratou prontamente de seguir na direção da LUZ,
certo de que o Divino atendera a sua súplica. Calculava que
fosse a sua segunda noite de agonia, perdido naquele mar
imenso. Unindo toda força de seu corpo, continuava remando
sem atingir terra e abrigo.
Com o alvorecer, mais brilhante do que uma estrela de ouro,
se fez aquela "Luz Salvadora". Pôde distinguir, então,
alguns rochedos ou a serrania da costa bem próxima. A luz
ali perto ainda estava a brilhar no fundo das águas. Mais
algumas remadas e sua embarcação roçava em baixios de areia.
FESTA DO DIVINO
Tradicional festa religiosa de Guaratuba, realizada na
segunda quinzena de julho. O evento reúne milhares de fiéis,
é previamente anunciada pelas Bandeiras do Divino Espírito
Santo (vermelha), e da Santíssima Trindade (branca), que
saem pelo interior do Município, sempre no dia 03 de maio,
dia de Santa Cruz, visitando todos os sítios e povoados,
acompanhados por quatro foliões com seus respectivos
instrumentos: viola, tambor e rabeca. Nos últimos dez dias
que antecedem a grande festa, os foliões percorrem toda a
área urbana da cidade também recebendo donativos.
No dia determinado os foliões são convocados para conduzir
as bandeiras ao altar da Igreja Matriz, acompanhados pelo
casal Festeiro Mor. As bandeiras permanecem no altar até o
final da Festa do Divino, encerrando-se shows de artistas de
renome, espetacular show pirotécnico e grande procissão com
a missa final que anuncia o casal festeiro do ano seguinte.
História
A Festa do Divino Espírito Santo é uma das festas mais
recorrentes em todos os calendários turísticos e sobre
festas que pude encontrar. Sua realização, contudo, parece
adquirir maior relevância em regiões de colonização mais
recente, como é o caso do Centro-Oeste brasileiro, onde
outras ela é a mais constante nos calendários das cidades.
Pouco se sabe sobre sua origem como evento no Brasil a não
ser que ela veio com os portugueses no período
colonial,quando era efusivamente comemorada. Segundo vários
autores ela foi sofrendo transformações paulatinas,
“decaindo” na preferência popular por alguns anos, devido,
talvez, ao empobrecimento das regiões onde se solidificaram
como forma de culto ao Espírito Santo, pois elas parecem ter
tido início, no Brasil, nas áreas de mineração do ouro, como
Minas Gerais e Goiás.
A respeito dos primeiros tempos da Festa do Divino no Brasil
e as formas elas quais teria sido levada à região central,
existem poucas e imprecisas informações, tanto nos vários
autores que dela trataram como também segundo alguns
moradores desta região. Acredita-se que o costume veio de
Portugal, trazido pelos missionários jesuítas e primeiros
colonos. E dizem que a festa estava já difundida em todo
país antes de chegar à região central.
Lenda do Divino Espírito Santo
Conta uma lenda, que um velho pescador, enrijecido pela luta
da vida e dos perigos do mar, vi-se, já de madrugada,
envolto na escuridão sob forte Neblina em pleno alto mar.
Remava na esperança de voltar para casa, não muito longe da
costa, assim imaginava. A terra entretanto, parecia fugir a
medida em ele avançava para o mar alto. No seu desespero,
rogou ao Divino Espírito Santo que o guiasse para a terra
firme. Surpreso, viu ao longe um sinal luminoso na
escuridão, abrandado pela neblina.
Exausto, tratou de seguir logo em direção daquela luz, certo
de que seu pedido foi atendido pelo Espírito Santo.
Sem noção do tempo, o pescador calculava que aquela noite
era a segunda noite de agonia naquele imenso oceano.
Juntou todas as forças que ainda lhe restavam, continuou a
remar, mas não conseguia chegar em terra firme.
Veio a alvorada, brilhante como uma estrela, uma luz
salvadora iluminando seu caminho. Pode assim, distinguir os
rochedos e os contornos da serra do continente, já bem
próximo. A luz que o avia guiado, ainda brilhava bem
próximo, no fundo das águas . Umas remadas a mais e sua
embarcação raspava os baixios, tocando na areia.
Quando criança, o velho pescador ouvira contar, que aquele
era um sinal predestinado (de Deus), mostrando riquezas no
fundo do mar. Ele salto do barco, bastante cansado, buscando
este segredo admirável. Porém, aquele brilho, desapareceu de
repente. Procurou por toda a parte e nada de encontrar. Mas
com a despontar dos raios do sol, ele pode notar, um pouco
mais adiante, um objeto que tinha uma forma retangular. Era
uma caixa simples meio avermelhada. Será que esse era o seu
tão desejado tesouro?
Seu coração disparou, segurava o precioso achado em sua
tremulas mãos, calejadas pelo longo tempo de árduo trabalho.
Mas aquela caixa era muito leve, não podia conter algo
valioso, desiludindo um pouco o velho pescador.
Forçando a fechadura, bastante enferrujada, abriu a caixa e
teve uma enorme surpresa: dentro da caixa havia uma Pomba
Dourada – símbolo do Divino Espírito Santo, coberta pelo
lodo. Naquele momento o pescador compreendeu os mistérios de
DEUS recordando-se do seu voto de fé e da prece que fizera
horas antes. Uma paz adentrou em seu espírito, olhou a sua
volta e percebeu naquele instante, que haviam se passado
vários dias (oito). Estava próximo a Vila de Guaratuba,
longe, muitas milhas do seu velho rancho.
O milagre se fez! Os murmúrios, que se ouviam no mar, dos
companheiros que morreram trabalhando no mar, na seriam mais
ouvidos. Agora suas almas teriam finalmente a paz que sempre
esperavam. Tomou o ruma da Vila, onde a noticia do
miraculoso achado percorreu rapidamente entre o povo da
comunidade.
- Era preciso lavar a imagem em água pura, - diziam eles.
Então ela foi levada a uma fonte de águas cristalinas que
brotavam do sopé de uma montanha (Morro do Pinto), a beira
de um caminho que levava as praias.
A imagem do Divino foi lavada, deixando nas águas suas ricas
virtudes, para o alívio das dores e enfermidades, era o 9º
dia. Mais tarde, a Caixa com a imagem, foram levadas para o
altar da Igreja Matriz, permanecendo ali por vários anos,
até o seu misterioso desaparecimento.
|
|
|
Festa do Divino em
Ponta Grossa - Paraná
 |
Esta casa abriga a imagem do Divino Espírito
Santo encontrada por "Nhá" Maria às margens de
um rio.
Desde 1882, a casa é visitada pelo povo,
tornando-se um dos mais importantes patrimônios
histórico-religioso da cidade de Ponta Grossa -
PR.
A casa do Divino está localizada à rua Santos
Dumont - 524 - duas quadras abaixo da catedral.
E-mail:
casadodivino@hotmail.com |
|
F

Casa do Divino
|
|
Em Ponta Grossa, no século XIX, era comum a
existência de pequenos oratórios, altares e
capelas nas casas das famílias, destinados à
devoção de um santo. Uma delas era a devoção
ao Divino Espírito Santo, parte do conjunto
de manifestações religiosas populares e
presente no Brasil desde o século XVI. Em
1882 Maria Júlia Xavier, que ficaria
conhecida como "Nhá Maria do Divino",
encontrou uma litografia com a imagem do
Espírito santo nas proximidades da Fazenda
Carambeí, no caminho para a cidade de Castro
(Pr.). Contava-se que "Nhá Maria" sofria das
faculdades mentais e teria ficado curada
após encontrar a referida imagem. A notícia
da cura logo se espalhou e a imagem foi
trazida para a casa da rua santos Dumont,
onde até hoje se encontra. Maria Júlia
pretendia construir uma capela, mas os
contos de réis que guardava para a obra
foram roubados. Ao falecer, a casa da rua
Santos Dumont foi herdada por seu sobrinho
Luiz Joaquim Ribeiro, casado com Zeferina
Ribeiro. Esta passou a tomar conta da imagem
e, em 1917, abriu a capela para visitação
pública. Com a morte de Luiz Joaquim
Ribeiro, Zeferina esposa Roldão Chaves. Uma
das filhas desse casamento, Edi Chaves, deu
continuidade ao trabalho de sua mãe, a
partir de 1957. Com o passar do tempo, a
sala do Divino foi recebendo doações de
quadros, imagens de santos e estandartes
representativos do Divino. Os fiéis trazem
os mais variados tipos de ex-votos que
representam a graça alcançada ou pretendida:
fitas, fotos, imagens, fios de cabelo,
objetos de cera, velas, cartas etc. Os
freqüentadores pertencem a todas as classes
sociais e o movimento é constante, oscilando
entre 10 e 50 visitas diárias. O dia de
maior movimento é, sem dúvida, o dia de
Pentecostes. Embora a sala do Divino seja um
local de devoção da fé católica, não está
vinculada à Igreja oficial. Não promove
festejos específicos, como acontece em
outras regiões do país, limitando-se a
acompanhar as procissões realizadas pela
Igreja matriz. A sala do Divino continua sob
os cuidados de mulheres da mesma família
que, de forma espontânea, se comprometem a
dar continuidade a essa devoção. (
Fábio Holzmann Maia )
Referências Bibliográficas:
Jornal Diário dos Campos- edição 28 de
janeiro de 1979, p. 06.
Relatos de Edi Chaves
|
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO - TCC
�
CURSO DE TURISMO
�
FACULDADES SANTA AMÉLIA – SECAL
�
LIDIA HOFFMANN CHAVES
INTRODUÇÃO
�
SIMBOLO DE DEVOÇAO:
Bandeira vermelha, com uma pomba branca no
centro
�
FATO QUE ORIGINOU A DEVOÇAO EM PONTA GROSSA:
Achado da Imagem por Maria Julho Xavier,
cura de sua enfermidade.
�
LOCAL : margens de um rio, do município de Carambeí.
DEVOÇÃO AO DIVINO ESPIRITO SANTO
Faz parte das manifestações Religiosas
populares no Brasil a partir do século XVI.
Influências Culturais com os rituais
cristãos
Demonstrou:Força das devoções populares, e
das atividades econômicas no seu entorno,
aliadas à forte influência católica
contribuíram para
que a CASA DO DIVINO se mantivesse aberta
por 124 anos.
TRADIÇÃO:
Percebe-se que o imóvel além de preservar
suas características históricas, preserva o
altar com a imagem e a devoção, também um
grande
acervo de objetos, fotos, manuscritos que
fazem parte da cultura local, tornando-o de
enorme valia a conservação do patrimônio
como bem
tangível e intangível. Observou-se também
uma antiga tradição, que a Casa do Divino
foi passando de geração para geração,
atualmente, na
sua quarta geração. Segundo Azzi (1978
p-25), o oratório nas casas constituía uma
expressão bastante singela da devoção
popular e
tradicional no Brasil, remontando aos
primeiros tempos da época colonial.
ESTA CASA ABRIGA A IMAGEM DO DIVINO ESPIRITO
SANTO ENCONTRADA POR NHÁ MARIA AS MARGENS DE
UM RIO. DESDE 1882, A CASA
É VISITADA PELO POVO, SE TORNANDO UM DOS
MAIS IMPORTANTES PATRIMÔNIOS HISTÓRICO
RELIGIOSO DA CIDADE DE PONTA GROSSA
�
A CASA DO DIVINO ESTÁ LOCALIZADA NA RUA SANTOS DUMONT – 524 - DUAS
QUADRAS ABAIXO DA CATEDRAL .TELEFONE- (42)
3025-2667
�
ABERTO AO PÚBLICO DE SEGUNDA À SEXTA DAS 10.00HS ÀS 17.00HS
�
SÁBADO DAS 10.00 HS. ÁS 13.00HS.
DESENVOLVIMENTO:
A Casa do Divino tornou-se um local de
oração, peregrinação e meditação, onde
muitas pessoas vão à procura de curas
milagres e soluções
para seus problemas. Os ex-votos depositam
no altar as lembranças das graças recebidas,
�
Esses ex-votos, como explica AZZI (1978)
�
“são o testemunho público das graças alcançadas, e ao mesmo tempo das
promessas cumpridas”.
Com o passar do tempo, a sala do Divino foi
recebendo doações de quadros, imagens de
santos e estandartes
- Os fiéis trazem os mais variados tipos de
ex-votos, que representa a graça alcançada
ou pretendida:
- Fitas, fotos, imagens, fios de cabelo,
objetos de cera,velas, cartas, etc.
- As pessoas que frequentam o local
pertencem a todas as classes sociais,e o
movimento é constante.
- O dia de maior movimento é sem dúvida, o
dia de Pentecostes. Comemorado com
celebração eucarística, presidida pelo
bispo,cortejo das
bandeiras e imagem, apresentações culturais
e religiosas, barraquinhas. Introduzida no
calendário das festas populares mais
importantes
do município, conhecida como Festa do Divino
�
Para desenvolver o turismo religioso a Casa do Divino passou por:
�
restauração e reestruturação, com a ampliação do espaço, com banheiros,
sala de oferendas ou graças alcançadas,
queimador
de velas, sala de oficina de música, espaço para venda de lembranças, e
local do altar para orações.
�
Para Andrade(1992, p.77).
“O conjunto de atividades com utilização
parcial ou total de equipamentos e a
realização de visitas a receptivos, que
expressam sentimentos
místicos ou suscitam a fé, a esperança e a
caridade aos crentes ou pessoas vinculadas a
religiões denomina-se turismo religioso”.
�
UM ATRATIVO TURÍSTICO RELIGIOSO:
A casa do Divino abriga um acervo de mais de
14.000 fotos, e aproximadamente 200 cartas
datadas desde 1886, além de várias obras
sacras.
�
Todo esse acervo bem como a mantenedura da Casa sempre foi cuidado por
uma mulher da família, e que atualmente
encontra-se
na 4ª geração.
�
Este patrimônio histórico religioso, infelizmente não recebe a devida
importância que merece, e chegou a ser
fechada por 3 anos
pela (Defesa Civil) por correr risco de desabamento. Foi reaberta para a
Festa do Divino de 2007, depois de ser
restaurada e reestruturada
internamente.
�
Segundo (Moletta 2002; pág. 36).
“A história é feita da soma de conhecimento
de várias pessoas que a ela se dedicam, e
acontecimentos históricos, possuem uma
estreita
relação
entre tendências espirituais e materiais dos
homens. Um povo sem história não possui
identidade, por isso os acontecimentos
passados das localidades são fatores
bastante relevantes quando se trata de
turismo religioso”.
CONSIDERAÇÕES FINAIS:
�
Este trabalho visa divulgar a história da casa do Divino, valorizando sua
função
�
Colocá-la na rota do turismo religioso em nossa cidade, pois o mesmo é um
fenômeno que está conquistando cada vez mais
adeptos
do mundo inteiro.
�
O fato de existir nos grandes centros urbanos uma alta competitividade,
acaba fazendo com que as pessoas se tornem
cada vez mais individualistas, deixando de
lado as relações de amizade, sinceridade e
amor ao próximo, gerando cada vez mais um
grande
número de pessoas estressadas e perdendo o sentido da vida
�
O culto às imagens e templos ganham sentido para o turista na medida em
que ele consegue compreender o conteúdo
mítico /
religioso numa interpretação racional da estética e do conjunto simbólico
em questão.
�
Para viabilizar economicamente o segmento do turismo religioso é
necessário que haja uma adequação nas
instalações para
acomodar os visitantes e treinamento de pessoas encarregadas de atender
os turistas
�
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO - TCC
�
CURSO DE TURISMO
�
FACULDADES SANTA AMÉLIA – SECAL
�
LIDIA HOFFMANN CHAVES
|
|
|
www.portaldodivino.com |
|