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Procissão |
A
festa do Divino (foto acima) teve inicio há 700 anos em
Portugal, após o Milagre das Rosas protagonizado por Santa
Isabel, quando eram distribuidos pão e carne aos pobres.
Introduzida no Brasil por volta de 1765, há registros desta
festa em todas as regiões do Brasil, sendo que cada uma tem
suas particularidades.
Na
Bahia, o Pentecostes é festejado em várias cidades: em
algumas, o Imperador do Divino é representado por uma
criança (simbolizando Dom Pedro II) e percorre as principais
ruas da cidade numa animada procissão seguidas pela
Filarmônica onde os músicos estão trajados de marinheiro (há
um momento da festa em que os músicos tocam pandeiros e
outros instrumentos de percussão, é a chamada marujada).
Pela manhã logo cedo tem a alvorada com canto e fogos de
artifício.
Há
muitos anos, em Brotas, o Imperador era uma criança e havia
também a marujada, mas com o crescimento da festa pessoas
dos distritos mais distantes começaram a visitar a cidade
montadas a cavalo, e assim participavam da festa. Esta
mudança foi absorvida, e hoje o Imperador é seguido por uma
comitiva de cavaleiros e amazonas (foto abaixo) que
percorrem jubilosos, na tarde de sábado, as principais ruas
da cidade ostentando o símbolo sagrado do Espírito Santo, a
pomba branca da paz.
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Imperador |
Em seguida, é feita a parada na frente da Igreja para a
multidão saudar o Divino com cânticos e salva de palmas. À
noite, o Capitão do Mastro segue num animado cortejo pelas
ruas para fincar o mastro em frente à Igreja. Enfeitado de
fitas e flores, o mastro traz no topo a bandeira do Espírito
Santo.
No
Domingo pela manhã, fiéis de toda a comunidade e ainda de
outras cidades se reúnem na Igreja matriz para a missa em
louvor do Divino Espírito Santo. Pessoas que conseguem
graças pedindo ao Divino costumam vestir-se de vermelho ou
acompanhar a missa e a procissão descalças.
Esta
festa é um ritual de fé, esperança e paz, onde os
participantes rendem graças ao Divino e renovam seus votos
de crença e amor em Deus. |