Sopas do Espírito Santo
Tentarei falar deste tema em breve, mas para já as sopas.
A ocasião que me levou a esta iguaria foi uma recolha de fundos para a reconstrução de uma igreja na freguesia do Salão, a norte da Horta. A anterior foi destruída pelo sismo de 98 e cada refeição contribuiria assim para as obras necessárias.
Os ingredientes, trabalho e afins necessários são dados por pessoas ligadas à freguesia. Assim um dá a carne de vaca, outra o pão, outra cozinha e por aí fora, tornando a despesa associada à organização da refeição mínima e portanto o lucro maior.
Posto isto, a comida. Muitos me disseram que os continentais descrevem tal prato como uma açorda de carne, o que é compreensível. As sopas são um caldo que cobre fatias de pão e que á acompanhado de carne à parte. Mas os ingredientes são mais diversos que as açordas a que estou habituado.
Assim a que tive oportunidade de provar tinha funcho, hortelã, colorau e uma massa de malagueta típica destes lados que desde que a descobri não dispenso. Era acompanhada por massa sovada e, obviamente, vinho do Pico que os locais chamam de vinho de cheiro, e que eu estava acostumado de chamar de vinho morangueiro.
É portanto um prato pesado, que requer uma digestão calma. Eu comi demais, não conseguindo resistir a novas remessas de carne e de sopa e de vinho... estava tudo óptimo.
Portanto a quem visitar estes ocidentes nos tempos mais próximos é estar atento e provar, pois garanto-vos que vale muito a pena.
Em baixo algumas receitas, dentro das muitas decerto. Se tiverem curiosidade poderão apreciar algumas diferenças. Não existindo uma receita rígida, cada ilha, freguesia, cozinheiro(a) dará o seu toque.
Receita 1
Receita 2
Receita 3