FIEL IRMANDADE DO DIVINO ESPÍRITO SANTO

AMARANTE-PIAUÍ

Festa do Divino

(100 ANOS DE FÉ E TRADIÇÃO)

24 A 27 DE MAIO 2007

Convite

A Fiel Irmandade do Divino Espírito Santo - FIDES, sob permissão do Vigário da Paróquia de São Gonçalo, Pe. Raimundo Nonato dos Santos, convida para a FESTA DO DIVINO 2007 (100 ANOS DE FÉ E TRADIÇÃO).

 

PROGRAMAÇÃO:

24/05/2007

– 18:30h: Aposição da Bandeira (Rua Cel. João R. Gonçalves Filho, 896)

– 19:30h: Procissão Luminosa de Peditório (iniciando-se no bairro Areias)

25/05/2007

– 19:30h: Procissão Luminosa de Peditório (iniciando-se no bairro Vila Nova)

– 20:30h: Lançamento de livro do poeta Elmar Carvalho (Juiz de Direito de Regeneração)

– 22:00h: Serenata do Prof. Melquíades Barroso, saindo do bairro Vila Nova

26/05/2007

– 19:30h: Procissão Luminosa de Peditório (partindo da Av. Des. Amaral, 91)

– 20:30h: II Encontro de Divindades do Médio Parnaíba (antigo Beco de D. Dedé)

27/05/2007

– 06:00h: Alvorada de Fogos, em vários pontos da cidade

– 07:30h: Procissão das Insígnias (Cortejo Imperial), saindo do bairro Vila Nova

– 08:00h: Missa Solene de Pentecostes, na Igreja Matriz de São Gonçalo

– 18:30h: Deposição da Bandeira

– 19:00h: Terço de Encerramento, Cantoria e Pagode (Rua Cel. João R. Gonçalves Filho, 896)

Informações: (86) 3233-2177, 3292-1730 e 3292-1367.

Para conhecer melhor a Festa do Divino em Amarante, visite:

http://www.portaldodivino.com/index_nova.htm

http://www.portaldodivino.hpgplus.com.br/Amarante/amarante.htm

http://amarantefestadodivino.nafoto.net/index.html

 

(100 ANOS DE FÉ E TRADIÇÃO)

24 A 27 DE MAIO

 

ORIGEM DA FESTA

A Igreja Católica celebra o Dia de Pentecostes após cinqüenta dias da Páscoa, uma das mais importantes festas móveis do calendário litúrgico, também chamada Festa do Divino. Em várias partes do mundo, as comemorações são feitas com muita pompa ou expressões de religiosidade popular, antecedidas de peregrinações ou peditórios destinados a arrecadar recursos para o grande dia.

A Festa do Divino tem sua origem atribuída a uma promessa feita, ainda no Século XIV, pela rainha D. Isabel, de Aragão, casada com o rei D. Dinis, de Portugal, ao invocar o Espírito Santo em favor da pacificação dos conflitos familiares que punham em risco a própria unidade do reino. Com o tempo, espalhou-se pelas colônias portuguesas e pelo mundo ibérico, e, atualmente, pode considerar-se como uma festa universal das mais ricas em simbologia. Até mesmo os países da América do Norte incorporaram essa secular tradição, realizando cortejos e solenidades com extraordinária afluência de fiéis.

Em todo o Brasil, ricas e diversificadas são as manifestações religiosas alusivas ao Dia de Pentecostes, especialmente no Maranhão, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Espírito Santo, São Paulo, Goiás, Tocantins, Minas Gerais, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Em vários Estados, governantes e outras personalidades costumam prestigiar a Festa do Divino, inclusive participando do Cortejo Imperial. Em muitos municípios, a Festa integra o calendário turístico.

A FESTA NO PIAUÍ

No Piauí, cidades como Simplício Mendes, Valença e Amarante, mantiveram, por longos anos, a tradição de verdadeiras “desobrigas” masculinas à cata de esmolas. Um grupo de homens percorria ruas e povoados, carregando os símbolos do Divino (pomba e bandeira), em peditórios com muita cantoria de caixa e rabeca. Em Oeiras, pessoas abastadas distribuem carne bovina para os pobres. Noé Mendes de Oliveira[1] designa esses cortejos como “Bandeiras do Divino”.

A FESTA EM AMARANTE

Em Amarante, a cantoria de peditório do Divino, pelos bairros e povoados, caracterizou-se, desde o início do Século XX (há registros de 1907)[2], como encargo de famílias de operários. A descendência de uma dessas famílias tem garantido a continuidade da “promessa”, mas, nos últimos anos, a Festa vem ganhando expressão e atraindo pessoas de várias localidades, especialmente pela beleza plástica da Procissão das Insígnias (Cortejo Imperial), antes da Missa Solene, com acompanhamento da Banda Municipal Nova Euterpe e do Coral São Gonçalo.

O Tríduo do Divino, que era realizado em ambiente doméstico e em círculo restrito às pessoas mais próximas, ultimamente vem sendo desenvolvido com uma procissão luminosa, em cujo trajeto é rezado o Terço, com paradas estratégicas em algumas residências, a cada Mistério. Escolhem-se três mordomas, em cujas residências se dá o pernoite da Pomba e da Bandeira, cada uma ficando responsável pelo cortejo de seu dia. No quarto e último dia da Festa, muitas famílias da Vila Nova e de outros bairros da cidade participam ao Terço de Encerramento, após o que, ao estilo dos “bodos” açorianos, distribuem-se bolo, café e chocolate quente, enquanto a cantoria de “alvorada” é desenvolvida pelos rabequeiros e caixeiros. Há vários anos, o Encerramento da Festa vem contando com o Pagode Mirim de Amarante (antigo batuque de escravos) e a animação do músico e folclorista Vagner Ribeiro Lima.

Os esforços de Josefa Pereira de Araújo (D. Dedé), desde o início dos anos 1940 até sua morte, em 1984, para dar continuidade à Festa do Divino e emprestar-lhe feição de festa para os pobres, merecem toda a reverência. Pouco antes de falecer, D. Dedé pediu aos atuais festeiros que não deixassem o povo da Vila Nova esquecer essa devoção. Por reconhecerem a importância da preservação das tradições da cidade e da valorização das manifestações religiosas de seu povo, os organizadores escolheram como lema da FESTA DO DIVINO 2007: 100 ANOS DE FÉ E TRADIÇÃO.

 

Presidente de Honra:

- Pe. Raimundo Nonato dos Santos

Festeiros:

- Profa. Raimunda Nonata Pereira da Costa (Mundinha)

- Prof. Marcelino Leal Barroso de Carvalho

Para conhecer melhor a Festa do Divino em Amarante, visite:

http://www.portaldodivino.com/index_nova.htm

http://www.portaldodivino.hpgplus.com.br/Amarante/amarante.htm

http://amarantefestadodivino.nafoto.net/index.html


 

[1] OLIVEIRA, Nóé Mendes. Folclore brasileiro: Piauí. 3. ed. Teresina: Fundação Cultural Mons. Chaves, 1999. p. 67.

[2] CASTRO, Nasi. Amarante: folclore e memórias. [Teresina]: [s.n.], [1992?]. (Projeto Petrônio Portella). p. 109.